segunda-feira, 6 de junho de 2011

Que Coach eu Quero?



Não vou cair na tentação de vangloriar as excelências do Coaching como metodologia, de escolhas, para o desenvolvimento de executivos, já que é uma realidade evidente no mundo empresarial atual.

Como conseqüência, este processo, ainda que sua origem possa estar em alguns filósofos clássicos, está no auge da atualidade; inclusive me atreveria dizer, na moda, no nosso mundo empresarial.



Em nosso país, como lamentavelmente ocorre com alguma freqüência, este auge, que na Europa já existia no início dos anos noventa, chegou com um pequeno atraso, porém com grande intensidade o que tem levado a que corram “rios de tinta” para falar dele, com mais ou menos acerto. Já faz alguns meses, chegou até mim, casualmente, uma revista com uma mistura de esoterismo, auto-ajuda, na qual, com grande admiração, pude ler o título de um artigo que dizia exatamente, “Coaching e sua relação com o Tarô”, de certo que não continuei lendo nem mais uma letra.


Tudo isto é para dizer que, sobre Coaching, se tem montado todo um artifício no qual se encontram as mais diversas propostas, seja de metodologias quanto de “especialistas”, que oferecem seus serviços utilizando até métodos que têm como base os meios de comunicação da Internet ou telefone, e considerando-se que ambas podem ser úteis, sempre que sejam utilizadas como auxiliares e apoio em um processo de Coaching, uma comunicação feita somente ou massivamente através de qualquer das duas levará este processo ao fracasso absoluto, pois, entre outras coisas, o processo de Coaching para que seja eficiente requer presença e proximidade do Coach com seu “cliente”.


De qualquer maneira, não é minha intenção ser um ortodoxo do Coaching e desqualificar qualquer metodologia que seja diferente à minha, que é a da minha empresa, porém o que quero esclarecer é que o Coaching, para que seja eficiente, requer uma série de condições, dentre as quais destacaria o rigor e a dedicação do Coach. Mais ainda, diria que para o Coaching consiga bons resultados tem que desenvolver-se como um processo artesanal e não em série, ou seja, não tem dois Coaching iguais, já que não tem duas pessoas iguais, por isso a necessidade de dedicação, a necessidade de rigor e de aproximação e presença, já que, como falam os ingleses, “o diabo está nos detalhes”. Sem tudo o que foi dito anterior e sem a sensibilidade necessária, os matizes e os detalhes se perdem e neles uma boa parte da eficiência do processo.


Também não vou falar que há “intrometimento” no Coaching, entre outras coisas porque não se exige nada para isso, nem faz falta um título específico que certifique bons Coach, nem um certificado emitido por nenhuma organização, o que não sei se seria ainda pior.


Mas o que posso dizer é que nem todos os Coachs no mundo que são ou que dizem sê-lo, são iguais. Como em todas as profissões, há os bons, regulares e ruins, inclusive aqueles que são muito ruins. Mais ainda, os bons podem ser bons em algumas circunstâncias concretas, agora, os ruins e muito ruins, o são sempre e em qualquer circunstância.


Isto quer dizer que em um processo de Coaching, provavelmente, para não dizer com segurança, uma das coisas mais importantes e delicadas é escolher o bom Coach ou, o que é o mesmo, o Coach mais adequado que, a priori, pode garantir o seu sucesso.


Como já disse, todo processo de Coaching tem, ou deveria ter, como principal objetivo desenvolver o executivo para o seu aprimoramento, apoiando-se em seus pontos fortes para trabalhar, com bons resultados, sobre as oportunidades de melhora que todos temos.


Ou seja, o Coaching não é apenas para executivos com problemas, muito pelo contrário; os resultados costumam ser mais espetaculares com os bons executivos porque são otimizados.


Então, como escolher um bom Coach? Escolher um bom Coach é quase um desafio. Por isso, é muito difícil utilizar os conhecimentos para catalogar, porque não existem problemas ou desafios que possam ser classificados, pois, como já foi dito, cada executivo é diferente. O que pode existir são algumas características determinantes ou um conjunto de aspectos, que mais na frente mencionaremos, que asseguram a base para um bom Coaching.


Existe uma série de características que todo bom Coach deve ter, entre outras:


  1. Ser um espelho que transmite uma imagem fiel
  2. Ser um facilitador do desenvolvimento
  3. Atuar com generosidade
  4. Ser capaz de ajudar a descobrir os pontos fortes e as oportunidades de melhora
  5. Pensar no futuro centrado nos efeitos
  6. Ter uma boa dose de empatia
  7. Ser um transformador centrado nas soluções
  8. Saber escutar ativamente
  9. Outras




Pois bem, já temos tudo isto. Agora, como escolher um bom Coach?
Eu penso que o simples sempre funciona e é eficaz, portanto a minha fórmula, para isso, tem como base cinco aspectos que cito, não por ordem de importância, pois todos são importantes:




  1. A metodologia que o Coach vai aplicar no processo. É fundamental.
  2. A “química” que se estabeleça, desde o primeiro momento, entre o Coach e o “cliente”, de tal maneira que seja à base de confiança sem a qual o processo de Coaching não chegará a nenhuma parte (cuidado, esta “confiança” no início é apenas uma impressão, mas se existe essa “química”, esta irá se consolidar no decorrer do processo. Quem diz “química” quer dizer compatibilidade).
  3. A credibilidade que o Coach tenha para o “cliente” em função de suas características, experiência, trajetória profissional, etc.
  4. A experiência do Coach como profissional, o que tem feito como executivo primeiro e como Coach também. Não para transmitir a experiência vivida, o Coaching é acima de tudo um processo de auto-desenvolvimento e auto-aprendizado, para que o Coach possa entender correta e completamente a situação do executivo, sua problemática e seus desafios e possa valorizá-los adequadamente.
  5. A ética do Coach. Coaching é um processo que requer confidencialidade de ambas as partes. Apenas o que se autoriza pode ser transmitido fora do processo. Portanto e, ainda que a ética seja algo que o Coach deva supor, na prática terá que demonstrá-la.
  6. Não é complicado, mas é difícil; por isso, como disse, é quase um desafio, principalmente se não for tratado com o devido rigor e não for feito corretamente.
Às vezes, parece como se fazer Coaching na empresa desse um certo tom, e há mais preocupação pela quantidade e pelo orçamento a investir, do que pela qualidade e pelos resultados a serem obtidos.


No Coaching, como em tudo, a qualidade tem um custo, mas como em todo investimento, e o Coaching como todo processo de desenvolvimento o é, o mais importante são os resultados obtidos, que são os que justificarão, ou não, a rentabilidade da mesma.
Certamente, segundo estudos recentes, a rentabilidade de um processo de Coaching pode ser de até 1000 % do tempo e do dinheiro investidos. E segundo uma avaliação feita em várias empresas dos Estados Unidos que desenvolveram programas de Coaching, para executivos com alto potencial, no mínimo, a capacidade deles aumentou até 25%.
Escolher um bom Coach me parece decisivo para obter os melhores resultados do processo e, como conseqüência, obter a mais alta rentabilidade.


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